home > noticias >

Especial

CAPREMI – Uma bomba prestes a explodir


Por: Clic101
Publicado em 17/01/2014 08:55

Publicidade

A CAPREMI – Caixa de Previdência do Município de Itabela foi criada por força da Lei Municipal 146 de 03/12/1997, e conforme dados colhidos no blog da entidade, tem sob sua responsabilidade 1.100 segurados (servidores efetivos ativos), sendo 52 em licença sem vencimento e 21 afastados por auxílio doença. Os dados apresentam ainda 104 beneficiários permanentes, sendo 16 aposentados por tempo de contribuição, 34 por idade, 24 por invalidez, 02 aposentadorias compulsórias e 28 pensões por morte.

A estrutura administrativa é composta por uma Diretoria Executiva e pelo Conselho Municipal de Previdência.
 

Diretoria Executiva

Diretora de Previdência- Sonia Maria Ferreira Lima; Assessor Financeiro - Darlan Carvalho dos Santos; Assessor de Benefícios - Arisnaldo Andrade Santos Júnior; Assessora de Benefícios - Joélia Carvalho de Souza; Recepcionista - Celda Dias da Rocha.


Conselho Municipal de Previdência:

Ary Costa de Souza e Fabiano Almeida da Cruz (representantes do Executivo); vereadores Manoel Andrade e Pedro da Silva (representantes do Legislativo); Hebert Litrento Alves e Valtinho Rodrigues Lima (representantes dos servidores ativos); Teresa Cristina Oliveira da Silva e Ilza Marinho de Andrade (representantes dos Inativos e Pensionistas).
 

Histórico

Na sua concepção, a previdência própria foi reconhecida como forma de humanizar o atendimento aos servidores públicos do município de Itabela, tanto no setor previdenciário como na prestação de serviços de saúde, e assim fez com qualidade e eficiência durante os primeiros anos, quando tanto os valores descontados em folha dos servidores, como aqueles relativos à contribuição patronal, foram repassados dentro dos prazos legais para a Capremi, na gestão do ex-prefeito Ivo Manzoli, hoje falecido.

Entretanto, a análise do levantamento histórico feito com base em dados extraídos do site da previdência (demonstrativo previdenciário do regime próprio, abaixo), mostra a evolução da dívida e o estrangulamento a que foi submetida a previdência a partir do ano de 2001, quando o município deixou de repassar os recursos devidos, tanto da parte patronal, como aqueles descontados dos servidores e não repassados ao seu destinatário.

LEVANTAMENTO DA DÍVIDA DO MUNICÍPIO DE ITABELA COM A CAPREMI, 2001 a 2013

ANO

VALOR

ACUMULADO

PREFEITO

2001

955.700,76

 5.201.455,06

Dino Pereira

2002

1.495.980,16

2003

1.503.864,73

2004

1.245.909,41

2005

-

4.383.965,47

Júnior Dapé

2006

1.202.874,70

2007

1.337.979,48

2008

1.843.111,29

2009

1.327.706,23

10.424.747,37

Caribé

2010

2.062.369,06

2011

1.829.329,58

2012

5.205.342,50

2013

3.690.530,00

3.690.530,00

Júnior Dapé

TOTAL

  23.700.697,90

 

Nesse intervalo de tempo, foram feitas diversas negociações, renegociações e parcelamentos da dívida, pois para conseguir certidão negativa e se habilitarem a verbas de convênios com o governo federal, os prefeitos usaram dessa artimanha, deixando a situação cada vez pior.

Atualmente a prefeitura se limita a repassar somente o valor exato da folha de pagamento dos funcionários e beneficiários, aumentando ainda mais o débito da entidade e o risco de um caos social, já que inúmeras pessoas podem ficar sem salários e sem aposentadoria.

Especialistas diziam que com o ritmo de crescimento do quadro de funcionários e com o aumento do valor de contribuição a ser pago, a Capremi estaria tecnicamente falida até 2019. Porém, a realidade está sendo antecipada, já que só em 2013, deixou-se de repassar aos cofres da Capremi R$ 3.690.530,00, o que está provocando o atraso nos pagamentos dos aposentados.

Em contato com um advogado da área previdenciária, o mesmo informou que o modelo de contribuição adotado pela Capremi é um dos melhores existentes no Brasil, mas não é resistente a irresponsabilidade dos prefeitos. A falta de fiscalização e cumprimento da lei pelo Conselho de Previdência, o pouco rigor da diretoria executiva, a falta de ação efetiva da Câmara de Vereadores, e a lentidão da justiça no julgamento de processos com punição exemplar dos culpados, transformou a Capremi numa “bomba” que começa a explodir e que vai fazer muitas vítimas.








Comentários do público:

Publicidade
0