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DOAÇÃO DE SANGUE

Em 2021, a cada mil brasileiros, apenas 14 foram doadores de sangue, o que equivale a 1,4% da população


Por: Clic101 | Brasil 61
Publicado em 15/06/2022 09:16
Atualização:26/07/2022 09:01

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O Ministério da Saúde lançou a nova Campanha Nacional de Doação de Sangue, com o lema “Você doa e a vida agradece. O João doa e a Fabi agradece”. O evento marcou o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta terça-feira (14). A ação visa fortalecer a doação em todo o país e sensibilizar a população quanto à importância do ato.

 

Segundo a secretária de Atenção Especializada à Saúde, Maíra Botelho, o Ministério da Saúde precisou lançar mão de um Plano Nacional de Contingência do Sangue para conseguir manter os estoques de sangue e hemoderivados abastecidos durante a pandemia de Covid-19. A ação envolveu, principalmente, o remanejamento de bolsas de sangue entre unidades da federação.

 

Em 2021, a cada mil brasileiros, apenas 14 foram doadores, o que equivale a 1,4% da população. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a recomendação é de que este número esteja entre 1% e 3% da população para comportar a demanda em todas as regiões. Entre 2020 e 2021, o Ministério da Saúde registrou um aumento de 2,6% de doadores no SUS e a ideia da campanha é que este número continue crescendo. Este ano, até meados de maio, 732 mil bolsas de sangue foram coletadas no Sistema Único de Saúde.

 

Em 2022, o ministério investiu R$ 1,8 bilhão nos serviços de hematologia e hemoterapia para a reestruturação da rede, modernização das unidades e qualificação dos profissionais. Segundo o ministro substituto da Saúde, Arnaldo de Medeiros, a Campanha de Doação de Sangue é uma das mais importantes e comoventes de toda uma série de campanhas anuais.

 

“Creio que passamos dois anos extremamente difíceis por conta da pandemia, mas, não faltou sangue. Não faltou sangue. Isso mostra uma vigilância e uma atenção muito especial, porque só quem precisa efetivamente sabe qual a relevância de não faltar sangue ou hemoderivados para garantir a vida”, pontuou.

 

Natália Gardine, servidora do Ministério da Saúde, foi uma das pessoas que sentiram a importância da doação de sangue. Ela fez uma cirurgia recentemente, sofreu uma hemorragia severa e precisou de transfusão para sobreviver.

 

 

“O sangue é diferente, ele é único, ele é insubstituível, ele entrava quentinho dentro de mim, eu sentia a vida, de novo, entrando dentro de mim. E foi por causa desse sangue que eu recebi que eu estou aqui hoje. Então, o meu agradecimento muito especial é para as pessoas que doam sangue, sem saber para quem. Hoje é o Dia Mundial do Doador de Sangue, mas todo dia que eu acordo, que eu olho para os meus filhos, eu agradeço a minha vida e agradeço a cada pessoa que doa sangue”, relata.

 

Maíra Botelho reforça o caráter altruísta da doação de sangue e explica que o ato é seguro e indispensável para salvar vidas. “Não existe um substituto para o sangue. Não há risco de contrair doenças durante a doação. E o organismo se recupera em 24 horas. Um adulto tem cerca de 5 litros de sangue correndo nas veias e durante uma doação pode-se tirar até 450ml”, destaca a secretária de Atenção Especializada à Saúde.

 

Segundo o Ministério da Saúde, uma única doação de sangue pode salvar a vida de até quatro pessoas em situação de emergência.

 

Como doar

A doação de sangue é um gesto solidário e pode ser feita no hemocentro mais próximo. Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis.

 

Os procedimentos são simples:

  • Estar alimentado. Evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue.
  • Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas.
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
  • A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para a mulher.
  • O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

As pessoas não podem doar sangue quando: apresentam sintomas de gripe e resfriado; estão no período gestacional e até 12 meses após o parto; ingeriram bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação; fizeram tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses; fizeram extração dentária nas últimas 72 horas; foram expostas a situações de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis. Demais orientações serão dadas pelos profissionais de saúde do hemocentro.

 








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