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NO SILÊNCIO DA NOITE

Câmara dos Deputados perde excelente oportunidade de prestar um serviço ao Brasil


Por: CliC101
Publicado em 30/11/2016 10:08

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No silêncio da noite, por volta das 04h30 da madrugada desta quarta-feira (30), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto das medidas de combate à corrupção, desfigurando os itens que caracterizavam a proposta das 10 Medidas do Ministério Público Federal, acatando todos os destaques apresentados pelo deputados.

 

"Lamentavelmente, o que a gente viu foi uma desconfiguração completa do relatório, e trouxeram essa famigerada situação de ameaça, de cala a boca, de agressão ao trabalho dos investigadores brasileiros. A Câmara perdeu uma excelente oportunidade de prestar um serviço ao Brasil e, movidos por sede de vingança contra o Ministério Público e o Judiciário, começaram uma crise institucional que deve se agravar", declarou o relator do projeto, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Foram retirados do relatório pontos-chave da medida, como a criminalização do enriquecimento ilícito, a criação da figura do "reportagente do bem", o aumento do prazo de prescrição dos crimes, passando a contá-lo a partir do fornecimento da denúncia e não do recebimento; exclusão do acordo penal e de todas as regras sobre acordo de leniência. Os deputados ainda incluíram no projeto a tipificação do crime de abuso de autoridade para magistrados e integrantes do Ministério Público.

Das dez medidas, apenas duas foram mantidas integrais: a criminalização do caixa dois e a exigência de que tribunais de Justiça e Ministério Público divulguem informações sobre o tempo de tramitação dos processos, identificando razões que levaram à demora do julgamento.

Por outro lado, foram mantidas parcialmente a limitação do uso de recursos que protelam o andamento dos processos e a medida que torna corrupção em crime hediondo quando a vantagem ou prejuízo para a administração pública for igual ou superior a dez mil salários mínimos vigentes à época do fato.

 

O presidente da Casa, Rodrigo Maia, avaliou a votação como democrática. "Foi um resultado democrático do plenário", afirmou. 








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