Em mais um capítulo da novela ‘ contas de 2008’, os vereadores de Itabela decidiram por 8 votos favoráveis (Célio, Zé Amaro, Nito, Ana Jaria, Ricardo, Gil, Pedro e Alencar) e 2 contra (Renaldo e Salvador), acatar requerimento interposto por Ilson Oliveira nesta quarta-feira (30) às 11:25, no qual solicita acesso ao processo e que ele seja notificado pelas Comissões para exercício do seu direito de defesa, considerando que poderia ter prejudicados os seus direitos políticos.
Durante a sessão e em entrevista coletiva à imprensa após a reunião, o presidente da Câmara, vereador Antônio Veloso, enfatizou o caráter democrático e o cumprimento da legalidade, de ter recebido o requerimento e de tê-lo submetido ao plenário, que é soberano para tomar as decisões.
Entretanto, ficou evidente o deslise cometido pelas Comissões de Justiça e Redação (Zé Amaro, Célio Marinho e Ricardo Flausino) e de Finanças e Contas (Alencar, Gil e Ana Jaria), de não terem notificado o senhor Ilson Oliveira da mesma forma que fizeram com o prefeito Júnior Dapé, já que ambos constam no mesmo processo. Para pessoas do público presente que se manifestaram ruidosamente durante a reunião, como o ex-vereador Ademilson, poderia ter ocorrido uma situação que ele chamou aos gritos de “prevaricação”, e uma falha que poderia ter sido cometida priopositalmente pelas Comissões.
O advogado de Ilson Oliveira, Dr. Lourran Monteiro, fez a defesa oral do requerimento, e saiu do plenário vaiado pelo público presente, sob gritos de “você é adovogado da prefeitura defendendo Ilson Oliveira” e outras frases pouco elogiosas ao profissional, que se defendeu dizendo que é advogado, mas sem negar o fato de ser vinculado ao município, o que para as pessoas presentes o liga diretamente ao prefeito Paulo Ernesto, que estaria por trás da manobra bem articulada para “empurrar o processo com a barriga”.
Contactado pela reportagem do CliC101, Dr. Lourran disse que precisa conhecer o processo para que faça a defesa do seu cliente. Sobre a possibilidade de que isso venha provocar uma “chuva” de outros requerimentos e outras ações que tornariam o processo sem solução a curto prazo, enfatizou que vai apresentar a defesa no prazo estabelecido, e que não existiria no contexto estadual nenhum antecedente de desmembramento de processos desta natureza, para que cada um dos envolvidos se defenda separadamente, mas que não descarta a possibilidade de que em sua peça de defesa seja solicitado esse desmembramento.
O presidente Antônio Veloso deixou claro na entrevista à imprensa que as Comissões já emitiram seu parecer, mas que ainda não poderia divulgar, face ao adiamento da votação, e da disposição de resolver logo essa votação, que aflige a ele e a toda a comunidade.
À população, resta aguardar as cenas dos próximos capítulos. Nesse de hoje, o corre-corre e o entra-e-sai de secretários municipais e assessores do prefeito no salão da Câmara davam para evidenciar o caráter de preocupação com os resultados da reunião, mas com gente achando irreversível uma derrota do prefeito, que não teria ouvido seus bons e sensatos conselheiros, dando ouvidos aos bajuladores e defensores dos seus cargos a qualquer custo, ainda que a troco de se omitirem diante de equívocos e falhas gritantes na gestão municipal, e agora o prefeito tem mais é que “pagar o pato”.
