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DE PASSAGEM

Convocados pelo prefeito, servidores à distância observam governador ser recebido no meio da rua e sem poder falar ao povo


Por: CliC101 | Idalício Viana
Publicado em 27/07/2018 11:41

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A passagem do governador Rui Costa por Itabela na tarde desta sexta-feira (27) não deve ter deixado dividendos positivos para os dirigentes do município de Itabela.

 

Nas redes sociais, em uma postagem  o prefeito Luciano Francisqueto “´convoca` a todos os funcionários municipais” para recepcionar o governador, ao que um internauta disparou: “Devia convocar o povo, os funcionários deveriam ficar trabalhando”.

 

Um outro internauta, estranhando o termo usado ´convoca`, ou se deveria ter sido convida, teceu outro comentário: “Não necessariamente em público, deixa-se um bilhetinho na carteira ou então o chefe imediato faz a intimação, principalmente dos contratados, porque efetivos não têm coleira”, principalmente professores, que lá não apareceram, mesmo se sabendo das tendências da entidade de classe e de relevante número dos educadores pela ala política do governador baiano e postulante a reeleição.

 

 

No trevo da cidade, onde a caravana do governador parou por alguns instantes, mais comentários de um cidadão profundo conhecedor de política, de liderança, de organização, de eventos, o qual estranhou de cara fechada não ter sido proporcionado pelos organizadores ao governador a oportunidade de ser melhor visto e de falar ao público presente, ainda que minúsculo, em torno de 150 pessoas espalhadas pelos arredores, mesmo com a “convocação” do executivo municipal, aparecendo até grupo de trabalhadores da empresa de limpeza pública.

 

Ao contrário do que havia sido dito na "convocação" aos funcionários, o governador não foi ao Mercadão Municipal, se poupando de ver o estado lastimável daquele importante patrimônio público, e, quem sabe, de ser cobrado para anunciar algum possível projeto de recuperação, que as seguidas administrações têm relegado ao descaso.

 

A caravana governamental cumpriu compromissos em Teixeira de Freitas, e teria novo compromisso em Eunápolis, ficando Itabela apenas e tão somente como mera passagem obrigatória. Mesmo na proximidade de um processo eleitoral, mesmo com os comentários de que poderia ganhar “com os pés nas costas” diante da ainda fraqueza demonstrada pelo grupo opositor, o governador talvez não acredite mesmo em apoio político significativo em Itabela ou capacidade dos detentores do poder local de arrigemantar a população em torno de si para conseguir uma votação expressiva na eleição que se aproxima.

 

 

Além da oportunidade para uma “chuva” de detentores de cargos do alto escalão se acotovelarem para tirar uma selfie com o governador, a passagem do alcaide provocou um corre-corre no trevo na tentativa de fazer uma maquiagem pelo menos no local, com pintura de uns poucos metros de meio-fio, corte de mato, tentativa de retirada de montes de areia, e o equívoco dos fogueteiros que só conseguiram disparar as poderosas girândolas depois que o governador já havia partido.

 

Quem sabe um dia o governador possa se sentir motivado para uma visita especial à cidade de Itabela, programada, inaugurando obras e serviços importantes para a comunidade, não ficando o poder público municipal apenas a ser contemplado com emendas parlamentares pontuais e de ocasião.








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