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Durante evento na Loja Maçônica Grande Oriente do Brasil, em Brasília, na manhã desta sexta-feira (15), questionado sobre a participação do Exército Brasileiro nesses momentos difíceis que a Nação está vivendo, o General de Exército Hamilton Mourão faz uma manifestação chamada pelo apresentador da TV Cristalvox de ´arrasa quarteirão`.
Confira abaixo a transcrição e o vídeo com a íntegra das colocações feitas pelo apresentador Leudo Costa, o questionamento do Mestre de Cerimônias, e a resposta do General Mourão.
Pergunta do Mestre de Cerimônias
A Constituição Federal de 88 admite uma intervenção constitucional com emprego das Forças Armadas
Os poderes executivos e os legislativos estão podres, cheios de corruptos.
Não seria o momento dessa interrupção, dessa intervenção, quando o presidente da República está sendo denunciado pela segunda vez, e só escapou da primeira denúncia por ter “comprado” membros da Câmara Federal?
Observação: fechamento do Congresso, com convocações gerais em noventa dias, sem a participação dos parlamentares envolvidos em qualquer investigação, gente nova
Resposta do General Hamilton Mourão
Excelente pergunta.
Primeira coisa, o nosso comandante, desde o começo da crise ele definiu um tripé para atuação do Exército. Estou falando aqui da forma como o Exército pensa. Ele se baseou: 1. Na legalidade; 2. Na legitimidade que é dada pela característica da instituição e pelo reconhecimento que a instituição tem perante a sociedade; e 3. Não ser o Exército um fator de instabilidade, ele manter a estabilidade do país.
É óbvio que quando nós olhamos com temor e com tristeza os fatos que estão nos cercando, a gente diz: porque que nós não vamos derrubar esse troço todo?
Na minha visão, que coincide com a dos meus companheiros do alto Comando do Exército, nós estamos numa situação daquilo que poderíamos lembrar lá da tábua de logarítmo: aproximações sucessivas, até chegar o momento em que, ou as instituições solucionam o problema político, apelação do Judiciário retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso.
Agora, qual é o momento para isso?
Não existe forma de bolo.
Nòs temos uma terminologia militar que se chama o Cabral.
Uma vez que o Cabral descobriu o Brasil, quem segue o Cabral descobre alguma coisa.
Então, não tem Cabral, não existe Cabral de revolução, não existe Cabral de intervenção, nós temos planejamentos muito bem feitos.
No presente momento, o que nós vislumbramos: os poderes terão que buscar solução. Se não conseguirem, chegará a hora que nós teremos que impor uma solução. E essa imposição, ela não será fácil, ela trará problemas, podem ter certeza disso aí.
E a minha geração, isso é uma coisa que as senhoras e os senhores terão que ter consciência, ela é marcada pelos sucessivos ataques que a nossa instituição recebeu de forma covarde, de forma não coerente com os fatos que ocorreram no período de 64 a 85.
Isso marcou a geração, a geração é marcada por isso
Existem companheiros que até hoje eles dizem assim: poxa, nós buscamos fazer o melhor e levamos pedradas de todas as formas.
Mas por outro lado, quando a gente olha o juramento que nós fizemos, o nosso compromisso é com a Nação, com a Pátria, independente de sermos aplaudidos ou não.
O que interessa é termos a consciência tranquila de que fizemos o melhor e que buscamos de qalquer maneira atingir esse objetivo.
Então, se tiver que haver, haverá.
Mas hoje nós consideramos que as aproximações sucessivas terão que ser feitas.
Essa é a realidade.