Após denúncia feita por um produtor rural de Eunápolis à Promotoria de Justiça Especializada em Meio Ambiente, uma ação foi desenvolvida nesta manhã de sexta-feira (06/09) para apreensão de animais que eram mantidos soltos em Área de Preservação Permanente (APP), o que é crime ambiental. Esses animais pisoteiam as nascentes e impedem a recomposição da Mata Atlântica.
Segundo o proprietário da área de preservação, o dono do gado cortava os arames da sua cerca para colocar os animais em sua APP. E que apesar de ser advertido várias vezes, fazia dessa prática uma rotina há vários meses.
A denúncia indicava a presença de vários bovinos, mas durante a operação apenas equinos foram encontrados e apreendidos. Com ajuda de Aeronave Remotamente Pilotada (DRONE) os animais, que segundo o denunciante eram soltos em sua propriedade, foram avistados em uma área vizinha.
Mesmo não havendo bovinos na área, segundo um dos fiscais da ADAB, havia evidências, como por exemplo, esterco e pisoteio recente, indicando que os animais estiveram recentemente na área fiscalizada. A ADAB informou que o denunciado já é reincidente e que será processado por crime ambiental.
Participaram da ação fiscais da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), policiais da Companhia Independente de Proteção e Polícia Ambiental, e pessoal de apoio para condução e transporte dos animais.
Os quatro equinos apreendidos foram encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses de Eunápolis, onde devem ficar à disposição da Justiça Ambiental.
ALERTA
A ADAB e a Promotoria Ambiental estão alertando os pecuaristas para a criação irregular de animais em áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal e faixa de domínio do Departamento Nacional de Trânsito (DNIT).
As entidades estão fazendo rondas para averiguação e apreensão dos animais que estiverem nessas áreas, e o proprietário dos animais não tem direito a indenização, podendo ainda ser multado e processado criminalmente.
Conforme o texto, “O intuito é prevenir os danos ambientais que esses animais causam à MATA ATLÂNTICA, e prevenir a ocorrência de foco da Febre Aftosa e de outras doenças que exigem controle sanitário animal”.