O Papa Francisco, que chegou ao Brasil na tarde de segunda-feira (22) para participar da Jornada Mundial da Juventude, foi recebido calorosamente pelo povo brasileiro, e mostrou muita simplicidade e humildade, gestos demonstrados quando carregou a sua própria bagagem de mão, percorreu todo o trajeto em carro com o vidro aberto acenando e beijando crianças, dispensou o Papa Móvel blindado, e escolheu aposentos modestos, iguais àqueles destinados aos cardeais e demais integrantes da comitiva papal.

"Cristo abre espaço para eles (jovens), pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo bota fé nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: ide, fazei discípulos. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens botam fé em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos", declarou o Pontífice.

O Papa referiu-se aos brasileiros: "Aprendi que para ter acesso ao povo brasileiro é preciso bater no portal de seu coração", e falou ter vindo ao Rio "nos braços abertos do Cristo Redentor".

Disse também o Papa que "a juventude é a janela pela qual o futuro entra pelo mundo" e se colocou na posição de "amigo" dos brasileiros. "Peço a todos a delicadeza da atenção para estabelecer um diálogo de amigos, e os braços do Papa se alongam para abraçar a nação brasileira."

Enquanto na fala da presidente Dilma Rousseff o tom foram de referências a questões políticas, do governo e do seu partido, o primeiro discurso do Santo Padre no Brasil foi focado unicamente no espírito religioso, e no final, o Sumo Pontífice citou expressões tipicamente brasileiras, como "menina dos olhos" e referiu-se a locais do país, como o Pantanal.