GUARATINGA – Organizados com faixas e cartazes, cerca de 100 moradores da rua da Paz e da 13 de Maio, no centro da cidade de Guaratinga, realizaram na manhã deste sábado (04), uma manifestação pública, que cobrava explicações do prefeito Kenoel Viana (PV) e do vereador Misael Gregório (PV) sobre o levantamento de um muro com fins particulares. O responsável pela construção do muro seria um parente próximo do Vereador Misael. A manifestação pacífica do grupo foi realizada por quase duas horas, em frete à área do protesto, que fica na Avenida Brasil, esquina com a Rua da Paz.
De acordo com as informações dos manifestantes, o terreno que era do município desde o ano de 1964, agora está sendo construído por um membro da família do vereador Misael Gregório. Os moradores pedem às autoridades uma apuração para saber como a área que mede cerca de 200m², que era um bem patrimonial público, foi parar facilmente no poderio da família do vereador. Ainda de acordo com as informações dos manifestantes, a pouco mais de um ano, o terreno já havia sido escolhido pelo prefeito Kenoel Viana para construção de um posto de saúde com recursos do Governo Federal, mas a obra foi desviada para o bairro Alto da Conceição (Vianão).
Procurado pela reportagem, o vereador Misael Gregório disse que as acusações são levianas e sem fundamentos, uma vez que o terreno em que está sendo construído um muro de proteção está legalmente registrado e escriturado em nome de um parente. O vereador contou que inicialmente o terreno media 8 metros de frente, que há pelo menos 16 anos portava um Termo de Avaliação de imóvel da prefeitura municipal, e que há pouco tempo, um dos seus parentes resolveu comprar da prefeitura outros cinco metros, que praticamente ficava inútil naquele local, e de forma legal registrou e escriturou a área, sem danos e perdas ao patrimônio municipal.
Ainda não se sabe como tudo isso vai terminar, mas até agora as informações são de que um grupo de moradores com abaixo assinado fará outro manifesto na Câmara de Vereadores na próxima quarta-feira (08), além de pedir ao Ministério Público Estadual uma investigação deste caso.