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CURIOSIDADE

Por que barbearias têm postes com listras coloridas?


Por: Correio 24h
Publicado em 22/06/2025 08:39
Atualização:22/06/2025 08:45

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Mesmo quem nunca entrou numa barbearia já viu os postes coloridos com listras girando do lado de fora. O que pouca gente sabe é que eles têm uma origem bem mais antiga — e surpreendente.

Esses postes surgiram há séculos, quando os barbeiros acumulavam funções médicas. O símbolo sobreviveu ao tempo e ainda hoje indica o local onde se corta cabelo e faz a barba.

Ao contrário do que parece, os postes coloridos não são apenas decorativos. Na Idade Média, eles sinalizavam um lugar onde se faziam sangrias, curativos e extrações de dentes.

Tradição que veio da medicina

Segundo o History Channel, o símbolo começou a ser usado no século 12. Naquela época, barbeiros também cuidavam da saúde de quem não tinha acesso a médicos ou hospitais.

As sangrias eram uma prática comum. O paciente tinha uma veia cortada para que o sangue escorresse, o que acreditava-se que curava doenças como dor de garganta ou até a Peste Negra.

Depois que a Igreja proibiu o clero de realizar sangrias, os barbeiros passaram a cuidar disso. Médicos não se importaram, por acharem o procedimento "simples demais".

As três cores do poste

O mastro com panos coloridos representava os serviços prestados. O vermelho simbolizava o sangue; o branco, os curativos; e o azul, as veias. Há quem diga que as cores também lembram a bandeira dos EUA.

Antes dos modelos giratórios atuais, os postes eram feitos de madeira, com tiras de tecido enroladas. Eles balançavam ao vento e indicavam que ali havia um barbeiro.

Com o tempo, a parte médica da profissão foi deixada de lado. A partir do século 19, os barbeiros passaram a se dedicar apenas ao que conhecemos hoje: cortes e barbas.

Símbolo que resistiu ao tempo

Mesmo que a função tenha mudado, o poste permaneceu como um sinal universal. Ainda hoje, ele indica que aquele espaço é dedicado ao cuidado com o visual masculino.

A tradição sobreviveu a séculos e ainda gira diante dos olhos de quem passa na calçada. Um sinal antigo que virou parte do imaginário popular — sem que muita gente saiba por quê.








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