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Correios está na mira do governo para ser privatizado

A privatização é uma hipótese forte com esse buraco que ai está, diz ministro Kassab

Por: CliC101
Publicado em 22/09/2017 09:34

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Não é novidade para ninguém que o Correios enfrenta uma de suas piores crises, a empresa inclusive encerrou o e-Sedex e aumentou os preços do frete de compras. E mesmo assim, se você está acostumado a fazer compras online, sabe que o serviço muitas das vezes deixa a desejar. Seja por atrasos, problemas na logística ou até greve de funcionários, que Inclusive começaram uma na última terça-feira (20/09). Com isso, observando a situação da empresa, parece que a solução encontrada pelo governo de Michel Temer é privatizar o Correios, foi o que declarou o secretário geral da presidência Moreira Franco.

 

 Foto: Divulgação

Segundo Moreira Franco, com a situação financeira difícil, a venda dos Correios já se encontra em estudo, mas que precisa ser feita "com muito cuidado". Com isso, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos pode entrar na lista de estatais a serem privatizadas pelo governo que já conta com a Eletrobrás, Casa da Moeda e Infraero.

 

 

A informação irritou a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect) que desde terça-feira (20/09) lidera uma greve dos funcionários da estatal em busca de um reajuste salarial de 8% e correção inflacionária.

 

O secretário geral da Fentect, José Rivaldo da Silva declarou: “Somos contrários à privatização. A verdade é que não existe vontade política do governo federal de melhorar a empresa, o que querem é entregar os Correios a preço de banana”.

 

A estatal, que é presidida pelo ex-deputado federal de São Paulo, Guilherme Campos, está vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, comandado pelo ministro Gilberto Kassab que já havia se manifestado antes sobre o assunto.

“A privatização é uma hipótese forte com esse buraco que ai está. Privatizar ou não vai ser uma decisão de governo. Estamos fazendo um esforço para recuperar a empresa. O rombo, quando a gente assumiu, era de cerca de R$ 2 bilhões por ano. A situação está melhorando. Estava morrendo na UTI, agora continua na UTI, mas não está morrendo”.

 

O presidente da empresa, Guilherme Campos, que ficou sabendo da declaração de Moreira Franco pela imprensa, declarou:

“A missão que me foi dada pelo ministro Kassab é a de recuperação da empresa e não existe um encaminhamento para privatização. Agora, se nada der certo com todos os esforços para sanear a empresa, o governo pode e tem todo o direito de mudar essa orientação”.

 

Recentemente, na tentativa de sair do buraco, os Correios lançaram até uma operadora móvel. Mas ao que parece, a qualquer momento os Correios podem entrar no radar das privatizações do governo de Michel Temer.  








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