home > noticias >

FÓRMULA 1

Clima esquenta entre Fernando Alonso e Sebastian Vettel em Mônaco

Alonso fez duras críticas aos dirigentes da Red Bull pela alteração nos pneus e Vettel saiu em defesa da mudança.

Por: Estadão/Redação
Publicado em 23/05/2013 08:35

Publicidade

Fernando Alonso, da Ferrari, fez duro ataque aos dirigentes da Red Bull por pressionarem a Pirelli, fornecedora de pneus da Fórmula 1, a mudá-los em pleno campeonato. "Este ano estamos vendo mais claramente a imagem da equipe, não são tão anjos como parecem", afirmou o espanhol. Já Sebastian Vettel, da Red Bull, explicou as razões das críticas aos pneus e, de novo, defendeu mudanças.

Para Vettel, a mudança nos pneus afetou principalmente os pilotos mais rápidos.

O clima no primeiro dia de compromissos do Grande Prêmio de Mônaco, sexta etapa do calendário, foi tenso. Pelo fato de a Ferrari ter desenvolvido um carro eficiente quanto ao consumo dos pneus, Alonso defende a manutenção dos existentes. Já Vettel e principalmente o proprietário da Red Bull, Dietrich Mateschitz, e seu diretor, Christian Horner, cobram da Pirelli pneus que não obriguem os pilotos a desenvolver a capacidade de administrá-los. "Os pilotos têm de usar o cérebro", sugere Ecclestone, mentor do modelo de competição.

Deixando de lado a filosofia do politicamente correto, Alonso falou ainda da iniciativa da Red Bull: "Quando uma equipe vence tantos anos seguidos não aceita perder". Vettel é o atual tricampeão do mundo e a Red Bull ganhou os três últimos títulos de construtores, com todos os méritos, pois é uma organização que começou sua história no Mundial apenas em 2005.

O jovem piloto alemão argumentou: "É difícil para vocês entenderem o quanto esses pneus mudaram nossas vidas. De um dia para o outro um de nós, que costumava não estar entre os primeiros, de repente aparece lá na frente". Para Vettel, o modelo proposto por Ecclestone e adotado pela Pirelli reduziu a importância dos pilotos mais rápidos. "São os mais afetados."

As ultrapassagens, hoje, não podem ser comparadas com as do passado na avaliação de Vettel. "Elas ocorrem, agora, por outras razões", afirma o piloto. E a principal é a diferença de desempenho provocada por pneus mais ou menos desgastados. "Essa não é apenas a minha opinião, mas a da maioria dos pilotos", disse Vettel.

Além de Alonso, Romain Grosjean, da Lotus, não concorda com Vettel. O francês comentou que seu time trabalhou muito bem ao desenvolver o carro que melhor explora os pneus deste ano e, portanto, consegue maior número de voltas. "Não é justo mudar em pleno campeonato", afirmou.

Paul Hembery, diretor da Pirelli, explicou que a alteração nos pneus, a partir do GP do Canadá, dia 9, será pequena e principalmente nos traseiros. "Voltaremos à estrutura de Kevlar e deixaremos a de aço, deste ano." Isso evitará que alguns pneus, em determinadas circunstâncias, soltem parte da banda de rodagem sem interferir no seu desempenho, como exigiu a FIA.

Sobre a corrida no Principado, tanto o líder do Mundial, Vettel, como o vencedor da etapa anterior, na Espanha, Alonso, pensam da mesma forma: a prova deverá ser decidida sábado, na sessão que vai definir o grid. "Ultrapassar aqui é muito, muito difícil", também opinou Lewis Hamilton, da Mercedes.

O inglês respondeu com um simples "sim" à pergunta quanto a poder estabelecer a pole position e manter-se em primeiro na corrida, como fez David Coulthard, da McLaren, em 2002. Na ocasião, o escocês venceu com um carro que era no mínimo um segundo mais lento que o segundo colocado, Michael Schumacher, da Ferrari, mas largou na frente.

A Mercedes fez as três últimas pole positions bem como Schumacher, em 2012 e com Mercedes, fez o primeiro tempo na classificação em Mônaco. Hamilton e Rosberg são os favoritos para largar na primeira fila. Nesta quinta-feira haverá sessões de treinos livres: das 5 às 6h30 e das 9 às 10h30, horários de Brasília.



Tags:





Comentários do público:

Publicidade
0