NEGÓCIO
Telexfree sofre embargo da Justiça e entra com recurso
Decisão judicial, válida para todo o país e para o exterior, determina a suspensão de pagamento aos divulgadores e a realização de novos cadastros da Telexfree, que, segundo a empresa, tem mais de 600 mil associados.
A Justiça do Acre aceitou denúncia do Ministério Público do Estado de que o negócio, apresentado como um sistema de telefone por internet (VoIP, na sigla em inglês), trata-se na verdade de uma pirâmide financeira disfarçada.
Segundo o Ministério da Fazenda, o negócio da Telexfree, que já vinha sendo investigado, não é sustentável e sugere um esquema de pirâmide financeira, o que é crime contra a economia popular.
De acordo com o material de divulgação, a Telexfree é um sistema de telefonia pela internet que utiliza o marketing multinível para fazer a venda dos pacotes VoIP. É possível atuar como vendedor e como divulgador. Nesse último caso, o interessado deve pagar uma taxa de adesão e fazer anúncios na internet. Os vencimentos variam de acordo com o número de anúncios colocados, mas também com a quantidade de novos divulgadores angariados para a rede.
O advogado da Telexfree, Horst Fouchs, entrou na tarde desta quinta-feira (20) com um recurso junto ao Tribunal de Justiça do Acre para tentar derrubar a decisão da juíza da 2ª Vara Cível de Rio Branco, Thaís Queiroz Borges de Oliveira Abou Khalil, que impediu a empresa de fazer pagamentos aos seus divulgadores, bem como cadastrar novos participantes.