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CAOS ADMINISTRATIVO

Gestão fiscal nos municípios da Costa do Descobrimento é crítica

Dados da gestão pública municipal deixam claro a incompetência dos atuais e ex-gestores municipais da região

Por: CliC101 | Teoney Guerra
Publicado em 09/11/2019 10:33

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Do que se desconfiava, agora há comprovação. A causa das mazelas que diariamente se vê nos [péssimos] serviços prestados pelo poder público à população nos oito municípios que compõem a microrregião denominada Costa do Descobrimento, e se desconfiava ser da má gestão, tem agora essa comprovação.


Dados do índice da Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) - levantamento feito anualmente e divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), que analisa a qualidade da gestão pública municipal, deixam claro a incompetência dos atuais e ex-gestores municipais da região.


O levantamento feito para este ano, tendo como base dados econômicos do ano passado, põe todos o oito municípios na pior classificação, no conceito “crítica”, ao analisar a gestão fiscal.


Tanto Eunápolis e Porto Seguro, os mais ricos, quanto Itabela, Guaratinga, Itagimirim, Itapebi, Belmonte e Santa Cruz Cabrália, aparecem nesse levantamento com números que seriam de envergonhar qualquer gestor que tenha em si um pouco desse sentimento.


Entre as 5337 cidades brasileiras analisadas, as da Costa do Descobrimento ficam lá no final.

Belmonte no 3.322º lugar. Eunápolis no 3.850º lugar, Porto Seguro no 3.898º lugar, e pior, Itabela no 4.187º lugar, Itapebi no 4.338º lugar, Itagimirim no 4.383º lugar, Guaratinga no 5.013º lugar e Santa Cruz Cabrália no 5.200º lugar.


NO FIM DA FILA - Na classificação que conta apenas o 417 municípios baianos, não é diferente. Ficamos também lá no fim da fila, com Belmonte no 161º lugar. Eunápolis no 221º, Porto Seguro no 226º, Itabela no 259º, Itapebi no 276º, Guaratinga no 377º e Santa Cruz Cabrália no 401º lugar.


MAU EXEMPLO - Eunápolis é o exemplo a não ser seguido. Apesar de ser uma das mais importantes economias da Bahia, ocupando o 18º lugar no ranking dos municípios que mais geram arrecadação para os cofres do Estado - R$ 127,5 milhões no ano passado - Eunápolis ocupa a 221ª colocação entre as cidades baianas, no que diz respeito à gestão fiscal.

E como resultado dessa incompetência administrativa, sua capacidade de investimento é estimada em apenas 0,2739, bem abaixo do percentual máximo, que é de 1,00.


Porto Seguro, que também tem uma arrecadação significativa para os padrões do nosso estado - R$ 80,5 milhões no ano passado -, tem uma capacidade de investimento ainda menor, de 0,2467.


Dos males, o menor parece ser o de Belmonte, município com uma arrecadação modesta, R$ 3,21 milhões, que apesar disso tem a melhor classificação entre os oito municípios da microrregião, ocupando o lugar nº 3322 no ranking nacional e o 161º lugar no ranking das cidades do nosso estado.


Veja abaixo os números de cada município no levantamento da Firjan*

 

 

Autonomia

Gasto com pessoal

Investimento

Liquidez

ÍNDICE FIRJAN

BELMONTE

0,4480

0,1955

0,2540

0,6304

0,3820

EUNÁPOLIS

0,4649

0,0000

0,2739

0,5363

0,3188

GUARATINGA

0,0000

0,0000

0,1274

0,4284

0,1390

ITABELA

0,2068

0,0000

0,2636

0,6331

0,2759

ITAGIMIRIM

0,0000

0,2228

0,2874

0,4834

0,2484

ITAPEBI

0,3499

0,0000

0,2460

0,4198

0,2539

PORTO SEGURO

0,4395

0,0000

0,2467

0,5710

0,3143

S C CABRÁLIA

0,0504

0,0000

0,2768

0,0000

0,0796

 

*Esse levantamento é feito tendo por base dados oficiais, e analisa as contas dos municípios através de quatro indicadores: Autonomia, Gastos com Pessoal, Liquidez e Investimentos.

Autonomia - analisa a relação entre as receitas oriundas da atividade econômica e os custos para financiar a sua existência.

- Gastos com Pessoal - mostra quanto os municípios gastam com pagamento de pessoal em relação ao total da Receita Corrente Líquida.

- Liquidez – Verifica a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os recursos em caixa disponíveis para cobri-los no ano seguinte.

- Investimentos - Mede a parcela da receita total do município destinada aos investimentos, aqueles que geram bem estar para a população e melhora o ambiente dos negócios.








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