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AUDIÊNCIA PÚBLICA - Vaias, aplausos, preocupações, dúvidas e incertezas, marcaram a reunião

“Palavra o tempo leva; tem que ter atitude”, disse o Tenente Assis

Por: Clic101
Publicado em 01/11/2014 06:56

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Com o salão da Câmara Municipal literalmente tomado, foi realizada na tarde desta sexta-feira (31) a “4ª reunião do Gabinete de Gestão Integrada do Município de Itabela, com objetivo de informar a sociedade o que tem sido feito para o funcionamento do fundo e qual será a partir desta data a diretriz para o funcionamento do Conselho de Gestão e do Fundo”, disse na abertura o assessor Dorlando Santana.

Diante de uma platéia inquieta e preocupada com a grave situação por que atravessa a cidade e o município de Itabela na questão da segurança pública, diversas autoridades presentes se manifestaram.

Primeiro a falar, o prefeito Júnior Dapé disse da sua insatisfação, que “apesar do investimento de 26 mil reais mensais, a segurança não funciona, não tem jeito, o Governo do Estado não toma providências”, e propôs encher um ou dois ônibus de gente para ir a Salvador cuidar da questão. O prefeito se mostrou irritado quando um comerciante disse que “os gastos com grandes shows deveriam ser investidos em segurança, e que teve que fazer seguro para a sua loja, por incompetência de quem cuida da cidade”. Ao final, disse o prefeito que “se a população achar que não precisa, não vai ter festa”, e que vai discutir com os vereadores alteração na lei orçamentária para buscar maior alocação de recursos para atender a despesas com a segurança.

Tharrille - ComercianteO senhor Tharrille, usando a tribuna, disse que a população não quer mais ouvir propostas e sim ações, que não tem a intenção de ofender ninguém e nenhum órgão, não desrespeitando nenhuma autoridade, se referindo à proposta de criação da Guarda Municipal, à vinda do Capitão Joseval no dia anterior para tratar da questão e da criação de uma entidade e arrecadação de fundos para a segurança pública.

Com representação no Conselho, o vereador Alencar lembrou o repasse de 1% dos recursos municipais para o fundo de segurança pública, representando hoje cerca de 6 mil reais/mês, alocação de 2 viaturas e 4 policiais em Itabela e 1 viatura com 2 policiais em Monte Pascoal, criação da Guarda Municipal com 20 homens, e falou sobre a situação do menor infrator, hoje um grave problema no município.

Para o vereador Ricardo Flausino, “a situação da segurança não dá mais prá ficar calado, não agüentamos mais, falta incentivo ao esporte, à cultura, à interação dos jovens”.

Renaldo Porto lamentou o péssimo estado da Delegacia da Polícia Civil, e que o Capitão Joseval aqui esteve como convidado, para tratar da Guarda Municipal e não da segurança de Itabela.

Dr. José Hermano Costa, delegado da Polícia Civil, com muita sobriedade, disse que “o povo já chegou no limite, não agüenta mais”, que Itabela está numa posição que facilita a fuga dos bandidos, confirmou o cumprimento da promessa do Dr. Moisés e a delegacia já tem um Escrivão, o que lhe dá condições de colocar mais uma viatura e policiais civis nas ruas, finalizando ao dizer que a população contribui, colabora, que sua ordem é atender a todos, que as portas da delegacia estão sempre abertas.

 

Segundo o Tenente Assis Comandante da Polícia Militar em Itabela, diante da situação existente, a comunidade precisa se mobilizar, deixou claro que a polícia militar precisa de um efetivo que ele não tem à sua disposição, os poucos policiais ainda são deslocados para outras ações, que a PM não pode se desdobrar, fazendo trabalho de repressão e de investigação. Preocupante uma frase dita pelo comandante de que “só Deus no controle”, e digna de profunda reflexão uma outra frase: “Palavra o tempo leva; tem que ter atitude”.

Contrastando com algumas intervenções que receberam vaias do público presente, uma manifestação que deixou o grande público atento e que mereceu aplausos foi feita pelo Dr. Leonardo Vargens, advogado, representante da OAB, que, fazendo esclarecimentos acerca da situação do conselho, disse da sua estranheza com a falta de organização, de planejamento, de ação, não existindo sequer uma pauta de reuniões. Se referindo à proposta de arrecadação junto ao comércio, disse que não é adequada, que a prefeitura deve alterar a lei orçamentária e alocar recursos.

Dr. Leonardo Vargens, advogado, representante da OABE continuou dizendo que “não adianta desculpas de que estamos longe do governo; ficar na inatividade esperando o Governo do Estado”, que os vereadores devem cumprir o seu papel, os membros do conselho devem ter responsabilidade, e o Conselho deve “abrir a caixa”.

Finalizando, disse ainda Dr. Leonardo que “tem que sair da fase do discurso e ir para ação efetiva”, “a vontade do povo tem que ser respeitada”, e que “a polícia vêm cumprindo o seu papel e não tem culpa da situação”.




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