home > noticias >

EXEMPLO DE CIDADANIA

Aposentados da Capremi elevam o debate e apresentam propostas sobre Capremi na audiência pùblica em Itabela

“Ou faz caixa, ou não tem solução para o servidor de Itabela; se não pagar, vai ter alguém devendo sempre (município) e alguém pagando sempre (o servidor), disse a presidente da AAPI

Por: Clic 101 / Idalício Viana
Publicado em 06/12/2023 11:00
Atualização:06/12/2023 11:07

Publicidade


O último dia de audiências públicas realizadas pelo Poder Legislativo objetivando a reforma da Lei Orgânica Municipal, ficou marcado pela participação ativa e determinada da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Itabela (AAPI), que lotou com a presença maciça dos seus membros os espaços disponíveis no plenário do auditório da Câmara Municipal.

 

A audiência da Capremi foi aberta com o pronunciamento inicial do assessor jurídico da Câmara, Dr. Alcides Neto, que teceu considerações sobre  a legislação que estabelece o desconto de 14% dos aposentados para cobrir o rombo da Capremi, que já atinge um total de cerca de R$ 220 milhões de reais, situação causada pela herança maldita de ex-prefeitos.

 

Com ar de revolta e indignação, a presidente da AAPI, Maria Neide Alves, enfaticamente, disse ser cruel, injusto, desumano, que o plano de sustentação da Capremi jamais foi executado, que “um faz caixa (o servidor) e o outro gasta (poder público), que o aposentado da Capremi vem pagando uma dívida que não é dele, e que a Câmara tem responsabilidade com a classe dos aposentados, que devem ser criados mecanismos para assegurar a solução dos problemas da Capremi, sendo preciso cortar na carne.

“Ou faz caixa, ou não tem solução para o servidor de Itabela; se não pagar, vai ter alguém devendo sempre (município) e alguém pagando sempre (o servidor), disse a presidente da AAPI.

 

Já a vice-presidente da AAPI, Vera Andrade, disse em alto e bom som que os aposentados estão “brigando por direito adquirido”, questionou “por que o gestor não é punido por não repassar o patronal”, disse que a Capremi não bloqueia “porque a direção é nomeada pelo executivo”.

 

SUGESTÕES

Em meio a discussões pontualmente acaloradas, algumas sugestões foram anotadas:

  • critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial;

  • rotatividade do mandato, com prazo estabelecido para a gestão;

  • autonomia plena da Capremi com deliberações do Conselho;

  • sabatina pela Câmara do indicado para a diretoria da entidade;

  •  mandado da Capremi não coincidente com eleição municipal;

  • desconto consignado na fonte.

 

Segundo o presidente da Câmara, vereador Ademilson Eugênio (Lukinho), todos os esforços serão feitos na busca de alternativas para resolver a questão da dívida e retirar o desconto de 14%, reiterando o que tem dito sempre, que as pessoas precisam exercer na plenitude a sua cidadania, cobrar seus direitos, e que devem participar com vivo interesse das questões que dizem respeito à vida do seu município e dos seus munícipes.








Comentários do público:

Publicidade
0