A Associação Apícola de Mucuri (Apicom) vem enfrentando preocupações, diante de critérios que estariam sendo impostos pela Fíbria, os quais inviabilizariam os apicultores do município de Mucuri de praticar a apicultura, uma das atividades de grande importância para a renda da agricultura familiar.
Segundo o presidente da Apicom, Juca Andrade, o diálogo com a Fíbria já se arrasta por mais de um ano, mas a empresa impõe que os apicultores de Mucuri exerçam a atividade apícola dentro dos critérios estabelecidos por ela, os quais trazem aos apicultores mais gastos, numa media de 20% a 30% de perda no período de produção, além de riscos de prejuízos com furtos de colmeias, cada vez mais constantes na região e praticados por gente cada vez mais especializada nesta prática criminosa.
Para a Apicom, as propostas dos apicultores não estão sendo respeitadas, e a empresa não informa a legislação que lhe daria respaldo para proibir os apicultores de usar as Reservas Legais (RLs) do ponto de vista do extrativismo social referente a apicultura, pois para tal atividade não é necessário suprimir vegetação alguma, como é o caso do apicultor Reinvil Leite, cujas colmeias ficam localizadas debaixo de uma árvore.
![]() |
![]() |
“A ONG pretende levar esse fato até os mantenedores dos programas (ditos sociais) da empresa, aos compradores estrangeiros do produto produzido pela Fíbria e até mesmo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que injeta recursos nessas empresas”, afirma o presidente da Apicom, apicultor Juca Andrade.